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Capítulo HCT da JCI: a tecnologia como aliada da qualidade e da segurança na saúde

A 8ª edição do manual da Joint Commission International (JCI) trouxe atualizações importantes em várias áreas, e uma das mais estratégicas é, sem dúvida, o capítulo HCT – Health Care Technology . Ele reconhece que a tecnologia não é apenas suporte operacional: é parte integrante do cuidado. Quando bem gerida, ela potencializa a segurança, a rastreabilidade e a eficiência dos processos assistenciais. O capítulo cobre desde a aquisição de equipamentos médicos até o uso de inteligência artificial , sistemas de apoio à decisão clínica , telessaúde e cibersegurança . Sua proposta é garantir que a tecnologia seja usada com responsabilidade, supervisão humana e alinhamento aos objetivos clínicos da organização. O que diz o capítulo HCT da JCI? O capítulo está dividido em seis padrões principais , cada um com foco em aspectos específicos da gestão tecnológica em instituições de saúde: HCT.01.00 e HCT.01.01 – Supervisão da tecnologia médica Esses padrões tratam da gestão dos dispositivo...

Diferença entre API, Webhook e Webservice: explicação simples e direta


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Neste post, vamos descomplicar de vez: o que é cada um, como funcionam, para que servem e como se diferenciam.

API: a ponte entre dois sistemas

API (Application Programming Interface) é um conjunto de regras que permite que dois sistemas conversem entre si.

Ela define como um software pode acessar recursos ou dados de outro, sem precisar entender como ele foi feito internamente.

Exemplo prático:

Você acessa um app de delivery. Ele se conecta à API do Google Maps para mostrar onde está o entregador. Você, como usuário, não vê essa comunicação — mas ela acontece "nos bastidores", de forma segura e controlada.

Ponto-chave:

A API é ativa: você precisa fazer uma requisição para obter uma resposta. É como pedir algo no balcão.


Webhook: a notificação automática

O Webhook é como uma mensagem enviada automaticamente de um sistema para outro quando algo acontece.

Diferente da API, você não precisa pedir a informação — ela vem até você, assim que o evento ocorre.

Exemplo prático:

Você faz uma compra online. Assim que o pagamento é aprovado, o sistema de pagamento envia um Webhook para o e-commerce avisando: "Pode liberar o pedido!".

Ponto-chave:

O Webhook é passivo e reativo: ele só age quando ocorre um evento definido. É como ser avisado quando sua senha está sendo chamada.


Webservice: a base da integração

O Webservice é uma tecnologia mais antiga e ampla, que permite que diferentes aplicações troquem informações pela internet, geralmente com padrões como SOAP ou REST.

Na prática, uma API pode ser implementada via Webservice, mas nem todo Webservice é uma API moderna.

Exemplo prático:

Um sistema hospitalar que usa SOAP para enviar e receber dados de exames laboratoriais pode estar usando um Webservice.

Ponto-chave:

O Webservice é uma forma de implementar integrações, muitas vezes usada em sistemas legados ou ambientes mais estruturados.


Dica de ouro para gestores

Se você é líder ou gestor de tecnologia, entender essas diferenças é essencial para:

  • Avaliar a viabilidade de integrações entre sistemas
  • Fazer a escolha certa na arquitetura de soluções
  • Conversar com fornecedores e parceiros com mais clareza
  • Evitar retrabalho por decisões técnicas mal direcionadas

Conclusão

API, Webhook e Webservice não são a mesma coisa — mas se complementam e formam a base da comunicação entre sistemas modernos. Saber quando e como usar cada um pode fazer toda a diferença na eficiência e escalabilidade das soluções que você desenvolve ou gerencia.

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