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Capítulo HCT da JCI: a tecnologia como aliada da qualidade e da segurança na saúde

A 8ª edição do manual da Joint Commission International (JCI) trouxe atualizações importantes em várias áreas, e uma das mais estratégicas é, sem dúvida, o capítulo HCT – Health Care Technology . Ele reconhece que a tecnologia não é apenas suporte operacional: é parte integrante do cuidado. Quando bem gerida, ela potencializa a segurança, a rastreabilidade e a eficiência dos processos assistenciais. O capítulo cobre desde a aquisição de equipamentos médicos até o uso de inteligência artificial , sistemas de apoio à decisão clínica , telessaúde e cibersegurança . Sua proposta é garantir que a tecnologia seja usada com responsabilidade, supervisão humana e alinhamento aos objetivos clínicos da organização. O que diz o capítulo HCT da JCI? O capítulo está dividido em seis padrões principais , cada um com foco em aspectos específicos da gestão tecnológica em instituições de saúde: HCT.01.00 e HCT.01.01 – Supervisão da tecnologia médica Esses padrões tratam da gestão dos dispositivo...

Por que falhas acontecem mesmo em sistemas bem testados?

Mesmo após semanas (ou meses) de testes intensivos, revisões de código e homologações criteriosas, sistemas ainda podem falhar. Mas por quê? A resposta passa por três grandes fatores: complexidade, contexto e comportamento humano.

1. Sistemas são complexos por natureza

A complexidade de um sistema moderno não está apenas nas suas funcionalidades, mas nas interações entre os seus módulos, integrações com APIs de terceiros, dependências de bibliotecas externas, variáveis de ambiente e, claro, no próprio comportamento dos usuários. Quanto mais pontos de contato, maior a chance de uma falha emergir de forma inesperada.

2. Testes não cobrem tudo

Por mais robusto que seja o plano de testes, é inviável cobrir 100% das possibilidades de uso, especialmente quando o sistema é dinâmico e permite muitas combinações de ações. Existem cenários que só ocorrem em produção, em condições específicas — como picos de carga, dados atípicos ou uso simultâneo por usuários com perfis diversos.

3. Ambiente de produção ≠ ambiente de testes

Desempenho, segurança, concorrência de acessos, variações de rede, dados reais… tudo isso muda no ambiente de produção. Testes em ambiente controlado podem não revelar falhas que surgem apenas sob estresse real, com dados não previstos e em volumes que não foram simulados.

4. A falha pode estar na infraestrutura

Um sistema pode estar impecável do ponto de vista lógico, mas falhar por conta de servidores instáveis, quedas de conexão, problemas de DNS, latência de rede ou interrupções em serviços de terceiros. A arquitetura técnica precisa ser resiliente e monitorada.

5. Erros humanos ainda acontecem

Implantação de código errado, arquivos substituídos manualmente, acesso indevido ao banco de dados… muitos problemas ainda ocorrem por falhas operacionais. A automação e os processos de CI/CD ajudam, mas nenhuma equipe está totalmente imune a equívocos.

6. A percepção do usuário importa

Às vezes, o sistema “funciona conforme o previsto”, mas a experiência do usuário aponta o contrário. Interfaces confusas, mensagens de erro mal elaboradas e fluxos pouco intuitivos geram a sensação de erro — mesmo que tecnicamente tudo esteja operando como desenhado.

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