Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Planejamento

Mais que um selo: 5 lições da JCI para qualquer empresa, mesmo fora da saúde

Quando se fala em Joint Commission International (JCI), muita gente associa imediatamente ao universo hospitalar. De fato, a JCI é uma das mais rigorosas acreditações internacionais para instituições de saúde, reconhecida por exigir altos padrões de qualidade, segurança e governança. Mas a verdade é que os princípios da JCI vão muito além da saúde. Eles servem como um espelho para empresas de qualquer setor que buscam profissionalizar sua gestão, estruturar processos e criar uma cultura organizacional robusta. A seguir, compartilho 5 lições da JCI que podem transformar qualquer organização : 1. Segurança é cultura, não só processo Na saúde, segurança do paciente é prioridade absoluta. Mas essa lógica também vale para empresas: segurança da informação, segurança jurídica, segurança física. A JCI ensina que proteger pessoas, dados e reputações precisa ser um valor da cultura, não apenas um checklist de procedimentos. Lição aplicável : empresas que internalizam a cultura da seguranç...

Por que falhas acontecem mesmo em sistemas bem testados?

Mesmo após semanas (ou meses) de testes intensivos, revisões de código e homologações criteriosas, sistemas ainda podem falhar. Mas por quê? A resposta passa por três grandes fatores: complexidade, contexto e comportamento humano. 1. Sistemas são complexos por natureza A complexidade de um sistema moderno não está apenas nas suas funcionalidades, mas nas interações entre os seus módulos, integrações com APIs de terceiros, dependências de bibliotecas externas, variáveis de ambiente e, claro, no próprio comportamento dos usuários. Quanto mais pontos de contato, maior a chance de uma falha emergir de forma inesperada. 2. Testes não cobrem tudo Por mais robusto que seja o plano de testes, é inviável cobrir 100% das possibilidades de uso, especialmente quando o sistema é dinâmico e permite muitas combinações de ações. Existem cenários que só ocorrem em produção, em condições específicas — como picos de carga, dados atípicos ou uso simultâneo por usuários com perfis diversos. 3. Ambient...

Quando saber demais dificulta a decisão: o paradoxo do especialista

Você já teve a sensação de que, quanto mais sabe sobre um assunto, mais difícil fica tomar uma decisão? Esse paradoxo é mais comum do que parece — e provavelmente você já viveu isso, mesmo sem perceber. Neste post, vamos explorar como o conhecimento técnico pode ser um aliado poderoso, mas também um fator complicador na hora de escolher . E por que, às vezes, a ignorância pode até parecer mais leve. Quando menos é mais: o caso do celular do meu pai Outro dia, conversando com minha esposa, usei um exemplo simples, mas bastante ilustrativo. Meu pai queria comprar um celular novo. Ele foi à loja, olhou alguns modelos, avaliou o preço e escolheu o que achou mais bonito e “dentro do que podia pagar”. Simples assim. Já eu, com um repertório técnico maior, não consigo comprar um celular sem antes passar dias pesquisando: Comparativos de processador Diferenças entre painéis de tela Testes de desempenho Câmeras em diferentes condições de luz Autonomia de bateria Atualizações do sistema operaci...

Otimismo Perigoso: A Falácia do Planejamento segundo Daniel Kahneman

Li o conteúdo abaixo num blog e resolvi replicá-lo. Achei muito interessante. Segue: ——— Em dado momento da sua carreira, Daniel Kahneman viu-se envolvido em um projeto do Ministério da Educação de Israel, cuja finalidade era criar uma nova disciplina no currículo universitário: Economia Comportamental. O grupo, composto por Kahneman e seus colegas, reunia-se semanalmente e após um ano de trabalho já havia escrito alguns capítulos do livro-texto, bem como boa parte do syllabus. Foi quando resolveram olhar para a frente – mais precisamente para o fim do projeto: cada um deveria escrever num pedaço de papel quanto tempo estimava que o projeto ainda levaria para ser concluído. A média apurada foi de dois anos, sendo que o menor prazo considerado foi um ano e, o maior, dois anos e meio. Um dos integrantes do grupo já participara de outras iniciativas semelhantes e foi-lhe perguntado, então, qual a média real que ele havia observado nos casos que acompanhou. Quiseram saber, também, se algum...

(Des)construindo crenças – parte 3

Líderes devem desconstruir crenças limitantes A melhor notícia é que temos o poder de mudar nossas crenças. Isto mesmo, podemos mudar toda programação de nossa mente através de práticas. Mas vale ressaltar que muitas delas requer esforço contínuo, uma vez que a crença não é realmente eliminada e sim substituída. Em alguns casos pode requerer ajuda de profissionais (psicólogos, coaches, mentores ou outros). Se colocarmos a nova crença em cheque, a crença anterior pode voltar e tomar, novamente, lugar preferencial. Precisamos estar em constante aprendizado, já que o próprio mundo contemporâneo nos solicita cada vez mais evolução em termos de melhores relações e resultados. Precisamos instigar um mindset de crescimento, que segundo Dweck (2017), é entender que somos capazes de cultivar qualidades básicas através do esforço próprio. E o primeiro passo é acreditar que “pau que nasce torto pode se endireitar”. Temos o poder de mudar nossos pensamentos, e através de nossa mente consciente pod...

(Des)construindo crenças - parte 2

Continuando o post anterior, vamos voltar ao assunto: Crenças limitantes. Imagine que ao estar em um ambiente tóxico, onde os erros são apontados como uma falha e não como parte de um processo, e a todo momento em uma reunião seu líder lhe aponta como “culpado” você pode desenvolver uma Crença de “Não proativo” ou de “Incapacidade”. O que precisamos entender é que agimos, em 95% das vezes, baseado em nossas programações. Isto mesmo, de forma inconsciente. Este entendimento é o primeiro passo para a mudança de nossos mindsets (Programações mentais). Como iremos corrigir algo que nem sabemos que está nos influenciando? Como as crenças limitantes são criadas? Em seu livro, “O poder sem limites”, Robins (2016) utiliza para crenças limitantes, o termo crenças enfraquecedoras. Tais crenças podem travar o desenvolvimento de qualquer pessoa ou levá-la a se afastar de suas metas. Você deve estar se perguntando: Mas como uma crença limitante é criada? Vamos a um exemplo que te dará um melhor ent...

(Des)construindo crenças

O que são crenças? Todos nós somos programados para sermos o que somos, para pensarmos da forma que pensamos e agir como agimos. E isto é baseado em nossas crenças, programações que foram realizadas, na maior parte, até os sete anos de idade. E por que somos assim? Simplesmente porque nascemos sem programações e vamos aprendendo com o tempo, através de vivência com pessoas que estão ao nosso redor, passagens em nossas vidas. Imagine que somos um computador potente (hardware), se softwares bons forem instalados funcionaremos bem, mas se softwares ruins forem inseridos, não teremos o mesmo desempenho. Tudo que vemos, ouvimos e sentimos é gravado em nossa mente e quanto mais forte for o impacto destes estímulos recebidos em nossas vidas, mais enraizadas são as crenças. Assim nossas atitudes são baseadas nos estímulos externos que despertam nossa mente inconsciente, através das crenças, e isto nos leva a sentimentos e ações. Em seu livro “Os segredos de uma mente milionária”, T. Harv Eker ...